VAMOS JOGAR?!

      
           No últmo final de semana tive um grande prazer de ver um grande espetáculo!
Estou falando de EM NOME DO JOGO com Marcos Caruso e Emílio Mello, dirigido por Gustavo Paso.


          Um estimulo total, e o reflexo de um trabalho realizado com muito amor e dedicação é o que encontramos no palco.



          EM NOME DO JOGO uma trama recheada de mistério e suspense que traz ao palco do Teatro Maison um duelo inteligente em um espetáculo eletrizante e totalmente inesperado.
Andrew Wyke, vivido por Marcos Caruso, é um escritor de romances policiais de enorme sucesso que adora jogos e teatro. Ele convida o amante de sua mulher Milo Tindolini (Emilio de Mello), cabeleireiro italiano, sedutor e atraente, para um encontro, aproveitando que sua esposa e amante de MIlo, Sra. Marguerite esta viajando, desencadeando uma batalha de gênios com potencialidade para resultados inesperados, pois fazem tudo em nome de um bom jogo. A história começa exatamente no momento em que Milo Tindolini entra na casa de Andrew.
FOTO: Guga Melgar
          Andrew Wyke é um homem de grande vaidade e gosta de criar jogos para experimentar suas tramas de suspense e mistério. Para ele a vida é um jogo. A cada instante que a conversa entre os dois vai se desenvolvendo o público começa a desvendar o real motivo do convite. Andrew não quer mais ficar casado com Marguerite, até porque ele também mantém um romance com outra mulher. Porém, não quer ceder em relação ao divorcio, o que comprometeria metade de seus bens.
FOTO: Guga Melgar
          Aproveitando-se que a situação financeira Milo é frágil e que Marguerite é uma mulher extravagante e de gostos caros, ele convence Milo a executar o plano perfeito: roubar as jóias de seu cofre particular, avaliadas pela seguradora em mais de 6 milhões, os títulos de propriedade, contato com receptador, disfarce para não ser reconhecido pelas câmeras de segurança e finalmente provas de que tudo que se passou naquela noite foi um simples assalto.
FOTO: Guga Melgar
          Assim, Milo ficaria com as jóias para repassar ao tal receptador, e Andrew receberia o dinheiro do seguro, além de se livrar de sua mulher. Acontece que tudo não passa de mais um dos jogos de Andrew Wyke. Logo após o roubo, Andrew surpreende Milo com uma arma revelando que tudo não passava de uma vingança, pois ainda amava sua mulher e não perderia para um cabeleireiro italiano sem classe. Milo pede em vão para ser poupado, mas acaba executado.
         

          Passados três dias, o Detetive Doppler começa a investigar a morte de Milo Tindolini, e o jogo começa a tomar outras proporções jamais esperadas e que por motivos históricos, de que uma peça de suspense policial se mantém através de seus mistérios, não revelaremos pra vocês como se desenrola este intrincado enredo que mobilizou todos os países, das mais diversas culturas e línguas, por onde passou.
          Quando estreou nos EUA, o crítico do New York Times escreveu: 'Essa é simplesmente a melhor peça policial que eu assisti em toda a minha vida'. Pouco antes de morrer o autor Anthony Shaffer declarou sua felicidade com as notícias acerca do sucesso da peça: "Hoje é um dia especial, meus agentes me disseram que desde que estreou em 1970, SLEUTH ficou em cartaz, em algum teatro do mundo, todos os dias do ano, por 30 anos seguidos.”

          Para o diretor Gustavo Paso, fã de Rubem Fonseca, a peça tem em sua construção dramatúrgica o que há de melhor nos romances de suspense: “A peça é uma sucessão de jogos entre os dois personagens, e o melhor é que nem sempre sabemos quem realmente está realmente dominando e sendo dominado.”

          A historia teve duas versões cinematográficas em 1972, com os astros Laurence Olivier e Michael Caine, e foi indicada para inúmeros prêmios em todo o mundo. Em 2005 um roteiro adaptado foi requisitado pelo diretor inglês Kenneth Branagh num remake por Harold Pinter, tendo Jude Law e Michael Caine, no papel de Andrew Wyke e Milo Tindolini como intérpretes.
Com Marcos Caruso


Em Nome do Jogo
Teatro Maison de France
Tel.: (21) 2544-2533
Sexta e sábado, às 21h30; domingo ás 18h
espetáculo não recomendado para menores de 14 anos
Em cartaz até 10/06/2012