Ator e diretor Jorge Fernando estreia a peça "Salve Jorge" no Rio

          Para comemorar 35 anos de carreira em grande estilo, o ator e diretor Jorge Fernando está de volta aos palcos para apresentar seu novo show, palavra que costuma usar para definir seus espetáculos. Após 12 anos levando “Boom” para todos os cantos do Brasil, estreia nesta sexta, dia 20, no Rio de Janeiro, “Salve Jorge”, escrito e dirigido pelo próprio. Na peça, ele faz um apanhado de relatos de sua vida pessoal e profissional desde a infância até os dias atuais contando tudo com muito bom humor. Para o público relembrar as diversas facetas do ator, quatro vídeos são projetados em um telão. Jorge Fernando também apresenta um número de sapateado, - dançando uma música que os amigos costumavam cantar para ele na infância - uma coreografia de cancan e imita Cláudia Raia dançando James Brown.

Jorginho revela que foi convidado a repassar toda sua trajetória nas páginas de um livro, mas ele quis mesmo contá-la em cima do palco: “Amo e me alimento de teatro. Estou com 56 anos e, apesar de já ter feito muita coisa na televisão, minha estrutura veio no teatro. Gosto de espetáculo popular, de comédia, me sinto meio responsável pelo besteirol”.
Como surgiu a ideia de montar “Salve Jorge”?
Levei “Boom” tantas vezes para as mesmas cidades, que fiquei marcado por este espetáculo; na rua as pessoas me chamavam de Boom, então senti a necessidade de ter outro show na mão. Começaram a me convidar para fazer um livro sobre minha vida, então resolvi criar uma peça no estilo burlesco para contar minha trajetória. Como sou espírita e fui criado com devoção a São Jorge, resolvi homenageá-lo e começo a peça por aí. É um espetáculo que nunca vai estar pronto, apesar de ser todo amarrado. Se eu der de cara com a Glória Menezes, vou contar minhas histórias com ela, por exemplo.
Você também faz uma homenagem às mulheres da sua vida. Quem são elas? Glória Menezes foi a que primeira que me bancou na televisão. Fernanda Montenegro se entregou nas minhas mãos e nas do Guel Arraes na novela “Guerra dos Sexos” fazendo loucuras. A Marília Pêra é mais uma diva da minha vida. Eu dirigia “Brega e Chique” e à noite fazia “Estrela Dalva” com ela. Respirava Marília nesta época.
Como foi a escolha dos vídeos que são projetados na peça?Foi feita uma grande pesquisa e encontrar todo o material foi muito difícil. Estou com 56 anos, uma idade perfeita pra tentar lembrar tudo o que fiz até hoje e sou grato a tudo que aprendi. Fui convidado para fazer a série “Macho Man” de repente e quando comecei a interpretar percebi que estava melhor: com uma pausa do Luiz Fernando Guimarães, uma ironia do Evandro Mesquita e brincadeiras do Murilo Benício. Sem querer, pelo fato de dirigir muito, fui melhorando meu ator. Foi bacana rever os vídeos e poder comparar. Dentro da dramaturgia, acho que o humor atualmente está muito mais pra Woody Allen do que para pastelão.
Qual o balanço você faz dos 35 anos de carreira?Consegui tudo aquilo que queria. Quando morrer, quero ter feito o meu máximo: ter conhecido meus erros, minhas limitações, minhas vaidades, meu egoísmo e o que é amor pra mim. Quero usar a vida para autoconhecimento e nada como fazer uma análise aberta com 400 pessoas te vendo.

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By: Nando Alves